Eu quero experimentar alguma destruição.
Jogar bem longe as coisas que me afligem.
Tripudiar o que me embota o coração.
Pisar em cima dessa secura
caída feito cadáver no chão.
Falar sonoros e deliciosos palavrões
exorcisar os venenos que me ferem.
Eu quero explodir toda a raiva e todo o tesão.
Esquecer que um dia eu disse não.
Eu quero sentir os pedaços que me saem
expelir os cacos da minha pele.
Purgar os nós do meu desejo
Provar com língua e fome a falta de medo.
Lançar-me furiosa no abismo.
Ir ao encontro do nada, da escuridão.
Quero entrar no olho do furacão.
Destruir os ventos, morder os redemoinhos.
Eu quero transpor todos os muros
que tu colocas em volta de tudo.
Ser o aríete a demolir tuas imensas muralhas.
Encontrar tuas mãos.
Reconstruir os erros. Encontrar-me denovo.
Ser o bálsamo a afagar as minhas feridas.
Transformar-me eu mesma em um vulcão
a explodir o que eu não posso ser
o que eu não posso te dar.
Escorrer minhas fragilidades, ebulir minhas vontades.
Perder os caminhos, corroer as amarras.
Ter-me. Ser-me. Implodir-me.
Arrebentar-me inteira em busca de mim.
Jogar bem longe as coisas que me afligem.
Tripudiar o que me embota o coração.
Pisar em cima dessa secura
caída feito cadáver no chão.
Falar sonoros e deliciosos palavrões
exorcisar os venenos que me ferem.
Eu quero explodir toda a raiva e todo o tesão.
Esquecer que um dia eu disse não.
Eu quero sentir os pedaços que me saem
expelir os cacos da minha pele.
Purgar os nós do meu desejo
Provar com língua e fome a falta de medo.
Lançar-me furiosa no abismo.
Ir ao encontro do nada, da escuridão.
Quero entrar no olho do furacão.
Destruir os ventos, morder os redemoinhos.
Eu quero transpor todos os muros
que tu colocas em volta de tudo.
Ser o aríete a demolir tuas imensas muralhas.
Encontrar tuas mãos.
Reconstruir os erros. Encontrar-me denovo.
Ser o bálsamo a afagar as minhas feridas.
Transformar-me eu mesma em um vulcão
a explodir o que eu não posso ser
o que eu não posso te dar.
Escorrer minhas fragilidades, ebulir minhas vontades.
Perder os caminhos, corroer as amarras.
Ter-me. Ser-me. Implodir-me.
Arrebentar-me inteira em busca de mim.
Por Van Luchiari ©
20 MIL RECADINHOS:
Pois que assim seja!
Belo texto!
Fiquei curiosa..vou ter que passar mais vezes por aqui.
;)
Beijos,
Rita.
extremepowerofperucation
exorcisar os venenos que me ferem...
Adorei ...adorei ...adorei combina muito com o meu pensar
somos eterna possibilidade.
alfa e ómega
ou mero dilema em existência.
renova o todo que te rodeia.
Van, sê o próprio furacão!
beijos ...
Oi, querida!
Deuxando um beijo e desejando um fim de semana m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o!!!
Querer é poder e com esse seu talento você pode tudo...
beijo pra ti
Rumo a purificação da alma.
Beijo, Van
Catarse.
Catar-se.
Purificação de si nos Outros.
A gente se encontra onde se acha gente.
Beijos.
RITA
Pois passe sempre que eu vou adorar!
=)))))
Bem-vinda, querida.
Beijucas
ALLANA
Querida, bem-vinda. Tão bom quando a gente consegue né? Beijucas
VICENTE
Mais um comentário perfeito!!!! Obrigada.
Beijucas
ADELAIDE
Brigadinha, queridona. ;)
GABRIEL
Quaaaaase tudo. Quaaaase!!!!
;) Mas que graça teria se eu conseguisse tudo o que desejo? A poesia perderia sua função um pouco, não acha?
Te adoro. Beijucas
PAULO
É isso aí! Em busca... Sempre!
Beijucas
PAULINHA
Sempre dando um banho nos seus comentários! Adorei, querida! Beijucas
Precisei respirar fundo por alguns segundos... Eu também quero!!! Quero tudo exata e despudoradamente assim! Você verbalizou em detalhes o que eu sinto...
Kisses
VANESSA
É querida.... Vamos lá fazer isso tudo!!!!!! Aaaaaaaaaaaaaaaaahhhh!
=)
Beijucas
A melhor catarse que conheço é a poesia, Van...
Um beijo.
GRAÇA
Querida.... Toda forma de arte é uma catarse! =) Beijucas
bonitas palabras, bonitas frases, bonitos y profundos sentimientos, preciosa catársis......;-)
SIFRO
Precioso e querido Sifro! Beijucas
NAVE VAN
No início
Havia um agrádavel exercício de cravo
No império universal
Num triplum dodecafônico
Todas as vozes em dissonância
A pauta gótica harmoniosa
Vinha extinguir-se numa balada
Quase ebulindo suas vontades
Um dó, outro dó e um dó sustenido
Embora a vida
Em caráter amoroso
Tal ode, soneto ou madrigal
Quis imitar Geistliche Chormusik
Chamando-te no meio da tempestade
Num palco improvisado
Com folhas de flandres desfraldadas
E o coro arfando
Severo, magnânimo, pulsilânime
O qual vocifera, à capella,
Dos solistas germânicos:
- Van, Van, was verfolgst du mich?
E você não responde nada
Refeita em Palestrina
Uma deusa, uma nação, um polichinelo.
Tocando no estiloso piano, à quatro mãos,
Com Ludwig Van Beethoven
E lá estava você:
Van com Van com Van com Van
Implodindo-se elas todas
Buscando-te, as quatro Vans,
A refugiarem-se finalmente
No amor supramundo
Uma espetacular
Cortina de veludo vermelho
Do feérico rondó iluminado.
"eu podia desvendar os segredos mais secretos
o som, a cor, o olhar e o número fatal
tomar de assalto os céus em cruzadas proibídas
olhar nos olhos de deus e esperar o final
viver como por magia a vida num só dia
eu podia conhecer os segredos mais secretos
transmutar o meu ser em ouro filosofal
esconder o rosto cansado
sobre o meu balandrau negro
deixar o tempo parado e esperar o final
viver como por magia a vida num só dia"
- Rádio Macau
Estava a ouvir esta música quando li o teu post. Espero que consigas ultrapassar obstáculos e atingir os teus objectivos, pois é sobre isso que parece tratar.
Beijos :)
BETO
Que belo poema!
Beijucas
HUGO
Querido, com certeza eu conquistarei. Um a um. =))))
Linda a letra da música, vou ver se acho pra ouvir.
Beijucas
eh....
na verdade, se trouxer uma canha braba, charutos e umas strippers, tá blz...hehe
intenso poema...gostei do final, acima...e de destruir ventos e morder redemoinhos...
bom...
breve...
bjos
:)
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