*Eu não sei bem ao certo (porque não se faz análises como esta com a frieza da cabeça e sim com o coração e todos sabem que o coração não apreende as coisas de forma lógica), mas acho que fui feliz na maior parte do ano passado.
Se for contar, dia a dia, gota a gota, o copo até que ficou meio cheio e não meio vazio, apesar de tudo.
Se eu me deixei pelo caminho, torço para que o que ficou medre fabulosamente e vire alguma flor, alguma planta comestível, alguma erva com poderes curativos. Porque o que ficou de mim deve ter sido bom. Eu batalhei para que fosse.
Agora, que a vida venha em pequenos perdões, num contínuo crescendo, em pequeninas felicidades acumulativas, dessas imperceptíveis a sentimento nu, mas que vão nos mantendo vivos e inexplicavelmente esperançosos. Que a vida venha. E que seja assim, como um programa de milhagens de coisas boas que me levarão um dia a um refúgio definitivo, com passagem só de ida à fonte do que chamam felicidade.
Não é o primeiro dia de um novo ano, porque todos os dias são os primeiros em nós. Cada um deles. Inéditos e inesperados. Hoje é um dia qualquer, com seu elemento milagre à espreita, esperando uma fresta.
E não tem que ser assim, todos os dias?
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1 MIL RECADINHOS:
todos os dias
e cada um
com o fruto que de nós
ficou semente
inflorindo
plena cor
sempre o primeiro dia...
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